O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se reuniu com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, nesta segunda-feira (7) na Casa Branca. O principal assunto do encontro foi a crise entre a Rússia e o Ocidente, à medida que as tensões e o acúmulo de tropas aumentam nas fronteiras ucranianas.
Após a conversa, Biden afirmou que a Alemanha e os EUA estão em sintonia para enfrentar a agressão russa em meio à crise na Ucrânia. O presidente americano vem reafirmando que uma invasão russa é iminente, e ordenou o envio de quase 3 mil soldados para a Europa Oriental para proteger o flanco leste da Otan da possibilidade de um ataque da Rússia.
“A Alemanha é um dos aliados mais próximos dos Estados Unidos”, disse Biden, acrescentando que eles estão “trabalhando em sintonia” para deter ainda mais a agressão russa na Europa.
Em entrevista coletiva ao final do encontro, o presidente americano afirmou que “Olaf Scholz tem confiança total dos EUA. A Alemanha é completamente e totalmente confiável. Não tenho nenhuma dúvida sobre a Alemanha”.
“Alemanha e EUA são parceiros e estamos trabalhando juntos para termos uma solução diplomática”, disse o presidente.
Biden ainda fez questão de reforçar a unidade da Otan em responder às tensões nas fronteiras ucranianas: “Se a Rússia fizer a escolha de invadir a Ucrânia nós estaremos juntos e prontos, e toda a Otan está pronta”.
De acordo com o presidente americano, “se a Rússia invadir a Ucrânia, não haverá o gasoduto Nord Stream 2”. A construção transporta gás natural russo sob o Mar Báltico para a Alemanha, evitando a Ucrânia. A Alemanha é fortemente dependente da energia russa, e há receio por parte do Ocidente de que o gasoduto de 1.200 quilômetros e US$ 11 bilhões seja usado como arma de retaliação pela Rússia.
Já Olaf Scholz reconheceu que se trata de uma “situação muito difícil”, mas reforçou que “estaremos unidos e agiremos juntos, tomaremos os mesmos passos e a Rússia deve entender isso”. O chanceler reforçou que a Alemanha “tem dado ajuda significativa à Ucrânia”.
“A Rússia tem que entender que a Otan permanece unida. Se houver agressão militar contra a Ucrânia haverá sanções causando altos custos para a Rússia”, pontuou Scholz.
De acordo com um porta-voz do governo alemão, o chanceler deve se encontrar na próxima terça-feira (8) com o presidente francês, Emmanuel Macron, e o presidente da Polônia, Andrzej Duda, em Berlim para discutir a crise na Ucrânia.
Redação: Rádio SIM FM | 08/02/2022